domingo, 29 de janeiro de 2012

Quinhamel

Ja fui a Quinhamel por dois motivos, trabalho e lazer. Tanto um como o outro são momentos que ficarão na minha cabeça para sempre. Esta recordação tão forte deve-se principalmente à beleza do caminho, à simpatia das pessoa e à tranquilidade do lugar.

Como puro lazer ja tive tres momentos totalmente distintos:

1)   Aproveitar o dia na piscina do Hotel “Mar Azul” – relax total! Curtir a piscininha para nadar, as espreguiçadeiras para ler, ouvir musica ou simplesmente dormitar para descansar o corpo da semana de trabalho.

2)   Partida e chegada de barco para e do f.d.s da Ilha de Orango. Que belezas de amanhecer e de anoitecer. Um dia de marão outro dia de espelho, sempre com as arvores a espreitar com um ar desconfiado para o nosso barco.

3)   Almoçar nas famosas “Ostras”, a convite do Guilherme que foi previamente avisado do meu paladar, esquisito para uns e simples para outros! Experimentei ostras, apesar da minha tentativa de aproveitar as muito faladas ostras não fui bem sucedida e optei por fazer so companhia na bebida e depois no prato principal. Grupo heterogeneo mas que transformou a tarde de sabado numa tarde de  longas conversas, de grande gargalhadas, de uma calma contagiante.

So posso dizer...Gosto de Quinhamel e aqui deixo um poema de Fernando Antunes, membro do grupo do almoço das ostras:

Lala*

No olhar a profunda tranquilidade, vontade lassa
Sentir tudo isso como sempre fora a minha casa

A pousada lucidez do mangal, berço de desovas primeiras
Ninhos de pássaros acompanhando o balançar das palmeiras

Nada mais possou e nao sei se quero, amada
A não ser a mensagem, nesta fotografia pasmada

Nada mais tenho que um lugar nesta visão, que me auxilia
No esquecimento, negras naus sulcando minha melancolia

Escuto o cantar das aves aquáticas, tarrafe pisando
O murmúrio longíquo de crianças, na água brincando

Aqueço os lábios num copo de vinho, olhos brilhantes
E o corpo adquire o sabor diáfano das vinhas distantes

Entrenho-me na simplicidade desta imagem, azul do céu
Em silêncio rememoro, beijos de amores, do que se perdeu

Não encerro o fim, apenas um pouco de angústia no coração
Que devagar se vai apagando na tranquilidade desta visão

*planície junto ao rio

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