quinta-feira, 31 de maio de 2012

Trabalhando pela Guiné fora


Estas semanas têm continuado com muita acção aqui pelo clínica maaaaas estava a faltar o trabalho fora da Casa Emanuel que eu tanto gosto de fazer ora então:

1)   Continuei pelo Hospital de Cumura mas desta vez na ala da lepra. No primeiro dia comecei com uma breve sensibilização para os 11 doentes, com entrega de escovas, pastas e colutorios e um pequeno rastreio para, assim, na semana seguinte puder realizar tratamentos (exodontias) mais urgentes e que estavam a causar dor. De facto um doente que já tem bastantes dores pela sua condição ainda sofrer dores de dentes... não há direito! Então vamos la ajudar um pouco estes queridos pacientes e ainda por flúor a duas crianças que também estão internados













2)   Depois de um almoço em Bissilanca, na Casa Emanuel de Biombo, que ainda esta em construção, foi altura de pegar no grupinho de 10 rapazes e falar com eles sobre a escovagem, entregar escovas e fazer um rastreio





3)   Mais uma acção de sensibilizaçao mas desta vez apenas com 8 “ouvintes”, mas como eu penso sempre mais vale um que nenhum! Correu bem e divirto-me sempre




4)   A Guine-Bissau com o poder que tem de colocar as pessoas certas no nosso caminho apresentou-me um dos casais mais queridos do Mundo , Raquel e Fredy. Já tinha trabalhado com eles na Tabanca de Djati mas agora estava na altura de ir trabalhar na terra da sua missão – Quebo. Raquel é enfermeira e está a frente de uma pequena clínica situada no centro de Quebo e preparou tudo para eu e Nuria (fisioterapeuta) trabalharmos sábado e domingo. Sábado acordamos as 5 com a ideia que uma 7 place nos viria buscar as 5.45 mas com o efeito surpresa guineense, ele não apareceu. Dormimos mais um pouco para não irmos para a paragem as escuras e as 6.30 la fomos nos. Já habituadas as confusões la conseguimos uma 7 place, confortável que nos faria chegar as 11. Começamos a trabalhar as 11.15, paramos as 14 para almoçar e esterilizar o material (vaaa e dormir 20 minutos!), e a tarde foi das 16.30 as 19.30. Quando chegamos foi hora de um belo banho (de balde), de um óptimo jantar e de um serão com as 15 crianças que vivem com eles. No Domingo acordar as 8 (uiiii dormi tão bem, há muito tempo que não tinha esse prazer) e recomeçamos o trabalho das 9.30 terminando às 13.30. O saldo desde trabalho foi super positivo: a Nuria consegui ver cerca de 20 doente e eu 35 com a realização de quase 50 extracções!















 

No Domingo, Raquel e Fredy prepararam um mega pic-nic para irmos a Buba, onde tem um braço de mar... Não havia fato de banho mas não fez problema ;)




















Sábado, a ultima doente, tinha um ar muito frágil e não sei porque achei que não a devia tratar, mediu-se a tensão e estava um pouco elevada mais um ponto para não a tratar, estava com tantas dores que acabamos por esperar, a tensão baixou, anestesia sem vasoconstrictor e vamos la tirar dois dentes, correu tudo bem até que no fim a hemorragia não parava de maneira nenhuma, fiquei num stress, mas calmamente fui fazendo tudo o que me ensinaram e a Raquel também estava ao meu lado, achou que não seria nada de mais, e entretanto la começou a formar um coagulo e a hemorragia a diminuir mas confesso que ate ir para a cama o meu pensamento estava naquela pequena senhora. No Domingo foi das primeiras pessoas a aparecer com um grande sorriso e a dar-me um abraço bem apertado seguido de um obrigado sentido!












Na segunda, a Raquel telefonou à Nuria a agradecer e disse que tinham aparecido muitos doentes a agradecer, outros para se “zangarem” de nos só termos ficado dois dias que também precisavam dos nossos serviços! Foi bom ter recebido esse telefonema com o feedback.